quarta-feira, 26 de setembro de 2012

O segredo do baú do rio- Parte 1


 
Em minhas últimas férias passei no interior de São Paulo na cidade de Brotas. Entre a serra maravilhosa e ar puro. Hospedamos-nos na fazendo de um amigo, que mantém uma reserva de mata nativa e a qual vinha nos visitar vários animais. Jacus, cuícas, gambás, sabias, maritacas, macacos, gato do mato, cachorro do mato, e até mesmo um dia vimos uma onça parda. Ela fingiu que não nos viu e seguiu o seu caminho. E além de tudo se podia ver o céu estrelado nas noites frias. Coisa difícil de ver em São Paulo são estrelas. E estrelas são poéticas, alimenta alguns sonhos na alma.

E assim foram passando os dias. E um dia esse nosso amigo, me levou para pescar. E com tudo o que pode acontecer em uma pescaria, eu fui o premiado da vez. A linha da minha vara enroscou e por mais que se puxasse ela não sedia. O meu amigo comentou que poderia ser algo, um carro de desmanche, algo pesado. Mas nunca um peixe, ou mesmo um jacaré porque certamente puxaria a linha.  Insistimos mais algumas vezes e nada. Claro que aquilo foi aumentando a nossa curiosidade. Meu amigo se propôs a mergulhar para ver do que se tratava. Não era um rio profundo e ele parecia saber o que fazia. E o fez bem seguindo a linha até o que a prendia.

E derrepente ele voltou assustado tomando o ar.

- É um cadáver! – gritou.

Eu me assustei de imediato, mas depois uma razão me tomou.

- Precisamos resgatá-lo. Acho melhor chamar a policia. – Eu disse.

- Ele está segurando um baú. – me disse o meu amigo, ainda tomando o ar.

Então olhamos um para o outro.

- Eu vou mergulhar novamente e tomar o baú enquanto você liga para a polícia.

E assim fizemos. Enquanto a policia não vinha, tomamos o baú. Era um baú de madeira, desses que parecem só existir em filmes  ou novelas de épocas. Estava trancado, e mesmo encharcado os chacoalhamos  e vimos que tinha algo dentro.

- Será algum tesouro?

-Não me parece metal! – Eu disse. - E não podemos quebrar. Me parece ser uma relíquia. Parece ser de madeira de lei

E então resolvemos esperar a policia chegar.

Pense 2


 

As pessoas acham que a natureza cria os seres apenas por serem bonitos, práticos, adaptados ao meio.

A natureza cria os seres também por isso. Mas principalmente porque todos nos temos uma experiência de vida. Seja um gato, uma águia uma enguia ou executivo de um poderoso banco.

Não temos que ter vergonha nem receio do que somo. Temos que viver a experiência, seja qual fora a que estamos vivendo. Isso nos fortalece espiritualmente, nos elevara assim simplesmente tal qual lemos um bom livro. Ao ler um bom livro estamos vivendo a vida daquela personagem experimentando o que ela experimenta e assim acrescentando algo em nossa vida. Nunca se sai o mesmo de um boa leitura ainda que não percebemos isso de imediato. Mas o tempo vai dando o tom do que lemos e vivemos.

Assim também é com a vida, viver o que se tem pra viver seja lá o que for lhe Dara experiência que a principio pode nãos e perceber, mas um determinado momento saberemos usar isso que vivemos.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Uma velha lembrança.

Pense. 1
“Os gatos são nossos olhos no escuro é preciso saber disso e cuidar para estar atento ao que eles querem nos dizer”.
Disse-me a minha avó uma vez quando eu ainda tinha 13 anos. Ela me disse isso com tanta firmeza e sabedoria, mostrando que realmente ela acreditava nisso porque soube por alguma experiência que viveu o quanto era verdadeira essa sua percepção da vida.
Confesso que prefiro os cães, mas sempre tenho um gato a qual eu cuido muito bem. E sempre fico atento as suas atitudes, principalmente quando me mudo para uma outra residência.
Nunca sabemos as relações, os conflitos alegrias e dores que viveu aquela casa e seja qual for, os sentimentos das pessoas sempre ficam registrados nas paredes nos moveis, na atmosfera da casa.
Rezo com toda a minha fé para que o melhor aconteça e que as dores e magoas sejam resolvidas e evaporem deixando a casa tranquila e confortável como deve ser sempre as nossas residências.
E para isso sempre conto com a ajuda dos nossos amigos felinos. Como disse a minha avó eles são os nossos olhos na noite.

domingo, 12 de agosto de 2012

A minha primeira vez.

A primeira vez que tive contato com o sobrenatural eu tinha 7 anos e vi um homem ao lado de meu cão. Vermelho era o nome do meu cão e ele era tão novo quanto eu. Mesmo assim eu e o meu cão não nos impressionamos com aquele homem. Ele parecia gente boa, tinha um imenso sorriso de prazer ao nos ver e  derrepente se foi. O seu sorriso a sua fisionomia, o seu semblante de paz e sua alegria em me ver nunca sai de meus pensamentos.
E acho que dos pensamentos de Vermelho também.
Anos mais tarde quando minha mãe estava fazendo limpeza em seus armários a foto de um  casal  feliz da vida caiu de uma caixa e eu pude reconhecer aquele homem da foto ao lado da mulher.
Perguntei a minha mãe que era, e ela me disse que era o meu tio. Hermano o irmão dela que morreu com a esposa dias depois de eu ter nascido.
Eu era o primeiro sobrinho e neto da família e todos estavam contentes com isso. Meu tio Hermano também pelo que a minha mãe me disse.
E ela ainda me disse que esse meu tio queria ser o meu padrinho. Mas a morte o impediu.
Eu mostrei a foto a Vermelho que estava ao meu lado, e juro por Deus que ele reconheceu o mesmo cara que quando tínhamos sete anos vimos. Vermelho abanou o rabo e  depois olhou para mim com satisfação e prazer de vida. Como que dizendo.
“ É isso cara. Ele era o seu tio”
Minha mãe perguntou o que estava havendo e eu disse a ela.
Ela sorriu para mim.
“ Que bom que ele te viu e você pode ver como ele gostava tanto de você”
Assim naturalmente, como se fosse natural e não sobrenatural.
Desse dia em diante, as coisas não ficaram mais pesadas para mim. Tudo flui, tudo acontece.
É a vida é natural. Para alguns sobrenatural.